CARTAS DE NEBULOSIDADE
COMO SE INTERPRETA, DE UMA FORMA ELEMENTAR.

Introdução

Nesta carta está representada a carta de pressão à superfície (linhas branca),  Isoípsas dos 500 hPa (linhas de cor) e a Nebulosidade.

A data da validade da carta está no canto superior direito (Sábado 12 de Novembro de 2005 às 18 horas UTC). 

No canto superior esquerdo é indicada a data que serviu de base ao modelo matemático.

No lado direito está uma escala em tons de cinza que relaciona os tons com a percentagem de nuvens (Branco indica céu coberto e preto céu limpo).

Nestas cartas elabora-se a previsão associada aos sistemas de pressão à escala global, pelo que não é previsível situações de Nevoeiro (fenómenos locais).

 

Primeiro exemplo:

Neste exemplo é previsível a passagem de uma superfície frontal fria sobre a Península. Verifica-se uma zona branca no Norte de Espanha (onde o céu se apresenta totalmente coberto e onde a superfície frontal está mais activa), diminuindo progressivamente até ao centro sul de Portugal continental. O centro sul de Espanha também se apresenta muito nublado.

    

Segundo exemplo:

Neste exemplo é previsível a passagem de uma depressão, com uma superfície frontal associado, sobre o Sul de Portugal continental. Verifica-se uma zona branca no Sul de Espanha (onde o céu se apresenta totalmente coberto e onde a superfície frontal está mais activa), diminuindo progressivamente até ao centro sul de Portugal continental. O Nordeste de Espanha também se apresenta muito nublado. O centro Norte de Portugal continental e o Noroeste de Espanha está sobe a influência de uma crista anticiclónica e apresenta-se pouco nublado.

Especial atenção para a época de Maio e Junho (em especial nas provas de Fundo), em que é normal haver situações de trovoada de massa de ar em que a nebulosidade prevista, normalmente só é assinalada na carta de previsão para as 18 horas desse dia. Esta situação acontece porque está relacionada com a temperatura máxima desse dia que ocorre sensivelmente duas a três horas depois do meio dia solar. Por ser uma situação de massa de ar não é possível utilizar o mesmo método de acompanhar o movimento (Extrapolação). É mais importante verificar as temperaturas máximas e as condições de instabilidade que serão objecto de uma outra análise. Na escola meteorológica, no que concerne às trovoadas, será possível tomar alguma consciência para esta situação.

Análise sumária

Nunca se deve analisar uma só carta de tempo, numa situação destas há a necessidade de relacionar a carta de Precipitação e Vento, bem como as mesmas cartas previstas para as 12 horas deste mesmo dia para nos certificarmos quer da intensidade do fenómeno quer da velocidade e direcção do deslocamento do tempo significativo. Depois de nos certificarmos da evolução é obrigatório, confirmar a previsão (a curto prazo) com a observação, através da observação METAR, imagem de RADAR e de SATÉLITE.